13.9.06

O senhor da Vénus [que não teve despromoção] ofereceu-me duas fatias de bolo de chocolate com frutos silvestres e riu-se muito da minha glutonaria. Fui andando e encontrei o Dr. Assis Cardoso que só se lembrava vagamente de mim. Mas porque me lembro muito dele, e o refiro constantemente, fui-lhe agradecer. Há quem diga que escrevo bem. Isso não se mede. Ele obrigava-me, com dezasseis anos, a escrever cem vezes os erros ortográficos corrigidos. Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica, Electroencefalográfica. Fez-me ver o outro lado da arte que era só pela arte e submergiu-me em Fernando Pessoa até me faltar o ar. Levou-me a juntá-lo com David Bowie. Is there life on mars incomoda como andar à chuva! No seu jeito severo sorria-me nas entrelinhas para me dar confiança. E pôs-me mesmo num palco encarnada em Afonso da Maia, num excerto que nunca aconteceu senão para mim que o criei. Roubou-me a magia de muitas palavras para me fazer olhar para trás do espelho. Tudo isto e muito mais que dois anos deixaram. Tão importante. E só se lembra vagamente de mim.

2 comentários:

Anónimo disse...

o bolo de chocolate com recheio de frutos silvestres...tardes gloriosas!

franksy! disse...

sem dúvida! tardes gloriosas!
em que se vai e se está e somos maiores!