23.5.05

o assaltante

Ouvi as portas de far west do meu andar a moverem-se. Alguém tinha entrado. Mas não ouvi nenhuma porta abrir-se. Comecei a pressentir que algo de estranho se passava. em frente ao computador fiquei imobilizada a seguir o sentido do barulho. Senti medo. Nunca ali tinha sentido medo. O atum foi para a porta. Pensei que era ridículo estar receosa, afinal ninguém entraria se não abrisse a porta. Comecei a ouvir na porta um pequeno raspar e estranhei que o atum estivesse a aguçar ali unhas, visto que nunca o tinha feito. As portas de far west voltaram e mover-se e o barulho passou.

Ao sair de casa tinha, como já tantas vezes tive, três folhas escritas a computador e agrafadas entre si com uma pequena mensagem a esferográfica. Desta vez o remetente era outro. Li-as e o meu dia começou [bem] mais alegre.

Tinha descoberto o intruso da noite passada.

Gostei. Muito. É suposto ser um filme? Eu tenho câmara de filmar!
Let’s do it!

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