Deitada sobre uma cama familiarmente estranha
De olhos secos de lágrimas
bebo a pequena dose
Depositada no fundo do copo alto de vidro.
Há sempre Santal active drink no frigorifico
Não são precisos muitos minutos para voar
Com a maior das naturalidades o meu corpo vai ficando mais leve
A razão das lágrimas que derramei afasta-se sem deixar rasto
No quarto vão entrando à vez
Pessoas tão ou mais felizes que eu
ficam felizes por mim
consideram a situação alegremente cómica
Ao meu lado vão-se sentando diferentes pessoas
Procurando perceber o que sinto.
Conversando comigo. Beijando-me a testa. Abraçando-me.
O meu corpo flutua relaxadamente.
Enrolada no edredon não faço tensão de me mexer.
E sinto-me tão bem…
Olho a aparelhagem que luz no escuro do quarto.
E sinto-me tão bem.
Sempre que sozinha, testando-me, procuro pensar em amarguras
E como que num declínio acentuado esses pensamentos esvaem-se
Sem chegar sequer a incomodar-me.
Depois de muitas atenções deixam-me sossegada e partem.
Durmo angelicalmente.
E passadas muitas horas todos regressam ainda mais alegres, apesar de exaustos.
Está na hora de me mover.
Nos poucos quilómetros que tenho de percorrer encontro muitas pessoas
A quem indeliberadamente sorriu alegre e simpaticamente.
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