A fotografia de Alborta, onde se via Che, de tronco nu, deitado numa maca, e na qual este parecia estar vivo a olhar para objectiva, deu a volta ao mundo e chegou mesmo a ser comparada ao quadro do "Cristo morto" de Andrea Mantegna (1506).
Alborta foi o primeiro a fotografar o cadáver do guerrilheiro, exibido pelos militares no hospital público de Vallegrande, depois de ter sido assassinado numa quinta a 08 de Outubro de 1967 por um soldado boliviano.
Por esta famosa imagem publicada nos jornais do mundo inteiro, Alborta não recebeu mais do que 75 dólares (61,5 euros).
A fotografia, longe de simbolizar a derrota de Che Guevara, alimentou no imaginário colectivo o mito do revolucionário invencível.
Na realidade, Che Guevara foi capturado vivo a 08 de Outubro de 1967 durante um confronto entre o exército e o seu grupo de revolucionários, tendo sido executado a tiro na madrugada do dia seguinte pelo oficial Mário Teran, que estava livre e afirma ter recebido uma ordem dos seus superiores.
Os restos mortais do lendário revolucionário foram enterrados secretamente numa vala comum do aeroporto de Vallegrande, onde foram descobertos 30 anos mais tarde por uma missão de antropólogos cubanos e argentinos que os procuravam desde 1995.
Exumado, o cadáver foi colocado num mausoléu em nome do Che Guevara, em Santa Clara (Cuba).
Agência LUSA
3 comentários:
oh|!eu tambem queria po la! Ela tb me lembrou!
então põe!
ainda estás a tempo!!
e o jonas também devia por!
O Cristo Morto de Mantegna é, talvez, o meu quadro favorito...
Enviar um comentário