A festa do Bolo Lunar destina-se a assinalar a passagem do equinócio do Outono e é celebrada na China há mais de 2.000 anos. A festa, que tem lugar no 15º dia da oitava Lua do calendário lunar chinês, está directamente ligada à festa das lanternas, cuja origem remonta à dinastia Han. Lanternas dos mais variados tamanhos, formatos e cores constituem o principal símbolo das festividades, a par do Bolo da Lua, uma especialidade da gastronomia chinesa confeccionada com sementes de lótus, açúcar, ovos e farinha.
Os Bolos da Lua tiveram, segundo a lenda chinesa, um papel importante no derrube da dinastia mongol que governava o Império do Meio e na subida ao poder da dinastia Ming. Os rebeldes que derrubaram os mongóis utilizaram, segundo a lenda, os referidos bolos para esconder no seu interior mensagens, nas quais apelavam para o levantamento popular contra o poder instituído. A revolta foi marcada para o dia em que a Lua estava mais visível, de forma a permitir a movimentação dos revoltosos durante a noite.
Neste dia, cumprindo a tradição, a população de Macau dirige-se durante a noite às praias de Hác-Sá e de Cheoc-Van, na ilha de Coloane, munida de lanternas para assinalar também o fim do Verão e celebrar a Festa da Lua, uma romagem que este ano foi perturbada pela chuva que afastou muita gente das comemorações.
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