Era uma folha arrancada
Por uma tal rabanada
Que voava,
Rodava,
Dançava,
Mas não se assustava.
Soprava o vento por baixo
E subia como um pássaro
A uma nuvem
Que a encobre
E não descobre
Onde se sobe
Soprava o vento por cima
E não via por onde ia,
A rodar,
A gritar,
A chorar:
Ai! Vou-me matar!
Mas a folha levezinha,
Parecia uma peninha:
Pousava,
Aterrava,
E descansava
Se ninguém a pisava.
[História mirandesa; se possível,
ler com o respectivo dialecto]
Esta história faz alguém lembrar-se de mim.
A principio não percebi a relação,
Mas agora vejo diversas semelhanças entre mim e a folha.
1 comentário:
As árvores perecem quando secam e endurecem. Sejai flexível e mole.
(Valha-me o cristo. Mas que sensíveis que estamos hoje.)
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