19.5.06

fim-de-semana

Às onze horas cheirou-lhe a liberdade.
Encostada ao capôt bebia um chocolate quente com vista para o mar.
Subiu as escadas e a baixa vegetação forrada de quase nulas flores arranhavam-lhe os tornozelos que espreitavam do couro das sapatilhas.
Um ouriço atravessava o secular cruzeiro de pedra desgastado pela erosão e pelas gravações juvenis.
Marco esteve aqui 4-5-1996.
Tomás loves Teresa.
Correu para a mala para encontrar a máquina com que fotografaria o ouriço ao lado do copo de iogurte líquido instintivamente ali largado.
Da mala rodeou o carro batendo levemente no vidro com uma excitação infantil para o chamar a ver o ouriço.
Bateu suavemente duas ou três vezes até abrir plenamente num estrondo a porta ao agradável fresco da manhã.
Mas não estava lá ninguém.
Esqueceu-se que tinha ido sozinha.

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