21.1.07

trinta e três ninguém dirá outra vez


treze de julho de dois mil e um

Foi ontem. Não me atinge assim tão na pele. Mas existe e tange o meu ser. E a coincidência tangi-o ainda mais. Raras vezes me aproximo. E ontem. Reconheci o esquecido. A pastelaria. O escuro da tarde mostrou-me lá dentro o homem iluminado pelas lâmpadas cilíndricas. Estava de pé e tinha uma cerveja na mão. Nunca julgaria o sofrimento dos outros. Não julgo o daquele homem que mesmo com a bebida em riste poderá estar dilacerado por dentro. Ao ponto, ao ponto de nem sentir. Questionei-me somente se se lembraria. E não sei se será necessário mais que os dedos de uma mão para somar os que se lembraram. E no entanto, foram centenas os que choravam como se lhes doesse… é mesmo assim! Acorda para a vida, Francisca.

2 comentários:

Anónimo disse...

dezoito de agosto de mil novecentos e noventa e nove....

franksy! disse...

nem se pode comparar...

se tivesse uma data como a tua provavelmente não estaria aqui...

parabéns! por seres forte! por seres maior!

um beijo enorme!