15.2.07

states. lembro-me.


Não me recordo nitidamente da primeira vez, nem da última… mas lembro-me de muitas pelo meio e também daquela que poderia ter sido a última.

1 comentário:

franksy! disse...

Pelos meus treze, quatorze anos [pelo meu 8º, 9º ano de escolaridade], comecei, com o meu grupo de amigos, a minha emancipação pelas discotecas de Coimbra. Mas o states era mítico… e os meus irmãos, fizeram o feito de me levar ao states alguns dias antes do programado com os meus amigos! E assim foi! A primeira vez foi com os meus irmãos. Mas a minha grande frequência foi no secundário, onde eu e a Ana Val-do-Rio falhávamos poucos fins-de-semana por lá!

Lembro-me de muitas pessoas com quem confraternizei no states. Lembro-me de encontrar por lá os meus irmãos. Lembro-me especialmente de longas conversas que tínhamos com o Zé Carlos Santos. Lembro-me de adormecer uma vez num dos bancos bordeaux-almofadado-sujosemi-piso. Lembro-me do J.P. Simões sempre bastante alcoolizado… Lembro-me que era um pouco chato e que nós nos revezávamos para aturar as suas dissertações [uma vez veio todo contente ao nosso encontro para nos dizer que socorram-me subi no onibus em Marrocos era uma capicua fantástica!]. Lembro-me de que pedíamos sempre ao porteiro para nos deixar pagar só um cartão [o states era muito caro em relação às outras discotecas!]. Lembro-me que íamos sempre na minha saudosa honda vision branquinha imaculada, que tinha sérias dificuldades a pegar de manhã com o frio que por vezes se fazia sentir… Lembro-me que muitas das vezes íamos dormir a casa da Ana Val-do-Rio e levávamos uma sacada de pão para o pequeno-almoço [ela tem sete irmãos…]. Lembro-me da máquina de flippers quase à entrada do lado esquerdo. Lembro-me que ficava sempre extasiada quando passavam o babies dos pulp… Lembro-me de alguma noites que dividi com o Miguelinho a seleccionar e solicitar as músicas que queríamos ouvir. Lembro-me de imensas pequenas coisas… do primeiro

Lembro-me por fim de estar em frente ao avenida com o João André e do Ricardo Varzielas lhe telefonar [sim, o João André foi muito precoce nestas lides das telecomunicações portáteis] a dizer que tínhamos de ir naquela noite ao states porque ele ia fechar e iria abrir uma casa de putas. Claro está que eu, como boa céptica que sempre fui, comentei algo como "claro… o states vai mesmo fechar para abrir uma casa de putas…", não dei grande importância ao assunto e mantive os meus planos para essa sexta-feira, que não incluíam passagem pelo states…

Foi em choque que fiquei quando percebi que era mesmo verdade… o states tinha mesmo fechado [e nunca houve uma discoteca como o states…], tinha-se acabado um mito… e ainda por cima, para abrir no mesmo local um bar de alterne… e eu, tinha faltado à última noite…

Agradeço aos meus irmãos pelas boas influencias, às companhias que por lá dividi e ao meu pai que se fingia de crédulo perante as patranhas que lhe dava para poder ir até lá.