O júri está alinhado à direita da piscina, numa sombra improvisada. O comentador está na sua cabine vidrada acima da prancha de salto. As colunas estão em três dos quatro cantos em postes para o efeito. À frente está uma bancada pejada de gente, amigos, familiares, praticantes e curiosos. Há uma pequena claque improvisada. As bandeiras estão hasteadas! O sol brilha escandalosamente. O fato de banho é novo. Ela sobe as escadas, chega-se à frente na prancha, faz uma vénia ensaiada. Ouvem-se os aplausos numa só toada. Flecte ligeiramente os joelhos, dobra o corpo sobre as ancas, estica os braços até aos pés, inicia lentamente a projecção dos seus braços para o céu, sincronizando com este o movimento distensor das pernas que lhe dará o balanço necessário para o grande salto. Já com os braços esticados e pressionando a prancha com os calcanhares, relaxa o corpo e deixa cair lentamente os braços ao lado do mesmo. A piscina não tem água. Vamos enche-la e recomeçaremos assim que possível.
4 comentários:
Metaforisas muito bem.
e também gosto imenso de ti!
bravô!
russell edson põe os olhos na minha miúda!
diz a mestre para a aprendiz...
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