Capote alentejano é moda na Europa
por Lusa
José Alpedrinha orgulha-se de vender para França, Inglaterra e Canadá mas não deseja a popularização em demasia.
Os longos e quentes capotes alentejanos são por esta altura do ano muito procurados para fazer face às baixas temperaturas, mas nem todos se podem proteger da "cabeça aos pés" envergando este traje que já se exporta e chega até Paris, Londres ou Estados Unidos.
A única fábrica de capotes no sul do país localiza-se na freguesia de Santa Eulália, no concelho de Elvas. É ali que centenas de capotes começam a ser confeccionados logo no Verão para que nesta altura do ano possam ser vendidos.
José Alpedrinha (na foto) começou a fazer capotes quando tinha apenas 18 anos de idade. Aprendeu com o pai que era alfaiate e dirige a empresa alentejana que já assinala cinquenta anos de actividade. Na época alta de produção fazem entre quinze a vinte capotes por dia. Neste Inverno, a fábrica de José Alpedrinha já confeccionou mais de 700 capotes. "Já chegámos a ter na empresa 70 trabalhadores. Agora são só sete", conta José Alpedrinha, ao mesmo tempo que acrescenta que "o negócio vai bem e não tem sentido a crise". Os preços variam entre os 200 e os 300 euros, sendo mais caros os que têm gola de raposa.
O capote alentejano foi deixando as verdejantes planícies alentejanas e instalou-se no guarda-roupa das grandes cidades da Europa e metrópoles mundiais "há capotes feitos por mim em Paris, Londres e até na América, principalmente no Canadá onde faz mais frio".
Apesar do sucesso, José Alpedrinha recusa vulgarizar o uso desta peça, "gostava que se conservasse selectivo. Não concordo que seja generalizado e que cause impacto pela sua popularidade". José Alpedrinha orgulha-se de já ter vestido o capote alentejano a diversas individualidades. "O doutor Mário Soares, Jorge Sampaio, José Saramago, entre muitos outros".
7 comentários:
Eu tenho um!E sabe muito bem por estes dias!
eu também quero ter um!!!
[mas com pele sintética...]
oh yeah, é moda! Ainda estou para ver o Obama a envergar uma com uma palhinha na boca :D
A*
o meu problema são as golas, precisamente.
ok, e o preço :)
Ana, não será preciso muito! Está visto que o homem tem bom gosto e estilo próprio! :)
RC, com estas coisas descobri que a minha mãe teve um!!! Mas já fui tarde demais... a traça chegou antes de mim!
Mas lá está... eu não poderia envergar uma pele de raposa ao pescoço... e logo de raposa... não, não, não...
Podíamos fazer concorrência ao senhor alpedrinha com uns capotes de pele sintética, que me dizes?! Temos sociedade?! ;)
capotes em malha polar com golas em forma de bonecos dos marretas ;)
hum... não sei se o cocas o sapo ficaria bem na gola de um capote...
teríamos de seleccionar muito bem os marretas!
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