15.6.07

O Atum do MEC!


Os Pedacinhos de Atum «RISONHO» «também» são portugueses. Representam a alternativa gaiata, despreocupada e liberal do severo atum «Tenório». A imagem do rapaz saudável, a correr, quem sabe se para a Missa, se para a Escola, é das mais estimulantes que se conhecem na industria portuguesa de conservas. Há quem a associe, injustamente, à alegria coradinha da Mocidade Portuguesa. Contudo, a análise microscópica da fivela do cinto, em tempos realizada pelo Instituto Charles Lepierre, revela um ausência de «S.». Isto não significa, evidentemente, que Salazar não tenha sido, também ele, português.
Uma das vantagens das conservas – portuguesas – que ainda não tem sido convenientemente explorada é a sua enorme fiabilidade (como agora se diz, mesmo que não seja de fiar) na alimentação dos gatos de estimação. Proliferam agora as comidas enlatadas para gatos, a preços CEE, com sabor a coelho, antílope e o diabo a sete. Porem, esquecesse o valor nutritivo e, mais que tudo, o forte e aportuguesado paladar de uns pedacinhos de Atum, de um sangacho de cavala e, quiçá, de umas carinhas de bacalhau em cebolada.
Por um preço irrisório – 40 ou 50 escudos – pode facultar-se a qualquer gato uma experiência gastronómica incomparável. Em vez de adquirir as tais latas especializadas, oferecem-se produtos nacionais. Os pedacinhos de atum «Risonho» são uma garantia de bem-estar felino.
E para os seres humanos, que, não nos esqueçamos jamais, também são mamíferos, e, de qualquer maneira, também são organismos vivos, os pedacinhos de atum «RISONHO» também estão indicados para as mais variadas situações. Ao lanche, em cima de torradas ou – para os leitores mais castiços ou viris ao pequeno-almoço, são uma prova de fé e de patriotismo.

Coisas, A Causa das Coisas*,
Miguel Esteves Cardoso

Lata de Atum coleccionável, d'Uma Casa Portuguesa, oferta do meu querido João Vaz!

* o tal livro que encontrei na feira das velharias e que só começava na página quinze!

2 comentários:

o outro gajo dos wham! disse...

Para mim MEC sempre significou Miguel que Escreve de Caralho!

franksy! disse...

Boa! Acaba por ser mesmo isso!
O homem escreve mesmo de caralho!!!